Padre é morto após ser feito refém em igreja da Normandia, na França
Dois
homens armados com facas fizeram reféns um padre, duas freiras e dois fiéis em
uma igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, na região da Normandia, no
norte da França, na
manhã desta terça-feira (26). O padre de 84 anos foi morto. Outros três reféns
ficaram feridos - um em estado grave.
O Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado, que terminou após
a polícia matar os dois terroristas. "Eles responderam aos chamados para
atacar os países da coalizão internacional", que luta contra o EI no
Iraque e na Síria, segundo a Amaq.
Poucos minutos antes, o presidente francês, François
Hollande, já tinha declarado que os criminosos disseram pertencer ao grupo
terrorista. Hollande, que foi até o local do crime, qualificou o ato como
"um ignóbil atentado".
De acordo com o jornal francês "Le Figaro", os
dois homens armados entraram na igreja durante uma missa. Fontes policiais
informaram que pelo menos um deles usava barba e espécie de gorro de lã
utilizado por muçulmanos.
O Vaticano também condenou o "bárbaro
assassinato" do padre. O ato se torna ainda mais odioso na avaliação da
Santa Sé por ter ocorrido em um local sagrado, segundo a Reuters.
O primeiro-ministro, Manuel Valls, expressou seu horror por este
"ataque bárbaro contra uma Igreja". "Toda a França e todos os
católicos estão feridos. Permaneceremos juntos", escreveu no Twitter.
Valls havia advertido há uma semana que a França deveria se preparar para ser
alvo de "outros atentados".
O ato é o mais recente em uma série de ataques violentos
na Europa. A morte do padre ocorre em um contexto de alerta máximo na França
apenas 12 dias após um tunisiano matar 84 pessoas com
um caminhão em Nice, em ataque reivindicado pelo Estado Islâmico.
O país foi alvo de três ataques de grande porte nos
últimos 18 meses - 17 mortos em janeiro de 2015, 130 mortos em 13 de novembro
deste ano e esse último em Nice.
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